Oxford Economics vê inflação a cair para 4,3% este ano em Moçambique
06-17 HaiPress
"Antevemos a persistência de uma inflação moderada nos próximos meses,mas a perspetiva de evolução da inflação alimentar deteriorou-se devido aos efeitos adversos do El Nino na África Austral,piores do que o previsto,e há também riscos significativos relativamente aos preços alimentares globais",escrevem os analistas na atualização da previsão da inflação para este ano.
No comentário aos números do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique sobre a inflação de maio,que revela uma subida de 3,07% face ao mês homólogo de 2023,o departamento africano desta consultora britânica escreve que mantém a previsão de "uma reduzida subida na inflação dos combustíveis este ano devido à estabilidade da taxa de câmbio e a um modesto aumento nos preços do petróleo de Brent".
Em abril,a Oxford Economics estimava que a inflação ficasse nos 4,5% este ano,mas devendo acelerar de novo para 7% em 2025 devido ao reinício da construção dos estaleiros para a exploração de gás natural no norte do país.
"A construção do projeto de gás natural liquefeito da TotalEnergies a partir do segundo semestre e os esforços de reconstrução das províncias dilaceradas pela guerra no norte vai requerer grandes quantidades de dinheiro,bens e serviços,o que vai colocar as cadeias de abastecimento sob pressão",argumentavam,em abril,os analistas do departamento africano da Oxford Economics.
Por isso,a estimativa é que "a taxa de inflação média deverá aumentar novamente para mais de 7%" no próximo ano.
"Moçambique registou uma subida do nível geral de preços na ordem de 3,07%" em maio face ao mesmo mês de 2023 (período homólogo),lê-se no Índice de Preços no Consumidor divulgado na terça-feira.