Gravação perdida revela a verdade sobre soldado americano morto na França durante Primeira Guerra Mundial; entenda
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Foster Stevens e Jim Scarbrough,dois jovens soldados americanos,se tornaram inseparáveis durante a Primeira Guerra Mundial — Foto: Reprodução/Instagram
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 26/11/2024 - 12:04
"Amizade na Guerra: Gravação Perdida traz Encerramento na Primeira Guerra Mundial"
Uma gravação perdida revela a emocionante história de amizade entre os soldados Foster Stevens e Jim Scarbrough na Primeira Guerra Mundial. Após décadas de incerteza,a fita traz detalhes da morte de Stevens,trazendo alívio e encerramento para suas famílias,destacando a importância da preservação de memórias e da amizade em meio à guerra.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O que aconteceu com Foster Stevens durante os últimos dias da Primeira Guerra Mundial era um mistério que atravessou gerações. Tudo o que a família sabia era que ele havia morrido em ação em 1918,sem detalhes ou explicações certas. Cem anos depois,uma mensagem gravada trouxe respostas emocionantes e finalmente encerrou décadas de incerteza sobre a história do soldado.
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Foster Stevens e Jim Scarbrough,se tornaram inseparáveis durante a Primeira Guerra Mundial. Ambos faziam parte da 83ª Companhia dos Fuzileiros Navais e enfrentaram juntos a brutalidade das batalhas,incluindo a sangrenta ofensiva de Belleau Wood,na França.
Durante a batalha de 2 de novembro de 1918,poucos dias antes do fim da guerra,um bombardeio intenso atingiu a trincheira onde os dois amigos estavam. Um projétil caiu perto de Stevens,matando-o instantaneamente. Para Scarbrough,a perda foi devastadora. Ele passou a noite com o corpo do amigo,tentando processar a tragédia antes de enterrá-lo ao amanhecer.
Jim Scarbrough durante treinamento nos Estados Unidos antes de sua missão na França em 1918 — Foto: Arquivo Pessoal/The Washington Post
“Fiquei sentado lá com ele a noite toda,tentando encontrar as palavras,sem saber o que dizer,como se ele pudesse me ouvir”,contou Scarbrough em um relato gravado anos depois.
Uma gravação que mudou tudo
A notícia da morte de Stevens chegou aos Estados Unidos com poucas explicações. A única informação oficial era uma inscrição na placa abaixo de seu retrato: “Morto em ação,1918”. Para a irmã de Stevens,Ina Warrick,essa falta de detalhes foi uma dor adicional que a acompanhou por toda a vida.
Décadas se passaram,e a história permaneceu sem desfecho,até que Joby Warrick,jornalista do "The Washington Post" e sobrinho-neto de Stevens,decidiu investigar o que realmente aconteceu.
Em 2018,enquanto Joby pesquisava arquivos e visitava campos de batalha na França,sua reportagem chamou a atenção de Byron Scarbrough,neto de Jim. Byron lembrou de uma fita gravada pelo avô na década de 1980,onde ele descrevia o último dia de Stevens.
Nessa gravação,Jim Scarbrough relatava com detalhes como tentou salvar o amigo e,mais tarde,o enterrou com as próprias mãos. Ele também compartilhou momentos íntimos da amizade que os uniu durante a guerra. “Ele sentiu que era muito importante me contar isso”,disse Byron ao entregar a fita à família de Stevens.
A gravação trouxe alívio e dor à família de Foster Stevens,mas também uma compreensão mais profunda de quem ele era e de como sua memória foi mantida viva pelo melhor amigo. “Foster era o melhor amigo do meu avô. Meu avô era meu melhor amigo”,disse Byron,emocionado.
Para a família de Stevens,a revelação trouxe uma sensação de encerramento. A história de Foster e Jim não é apenas sobre guerra,mas sobre amizade,perda e a importância de preservar memórias. Mais de um século depois,as palavras de Scarbrough encontraram o caminho de volta àqueles que precisavam ouvi-las.