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Balanço é olhar para a frente

12-31 IDOPRESS

O que esperar para o futuro da saúde? — Foto: Unsplash

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 30/12/2024 - 17:36

Reflexões sobre 2024: Avanços Científicos e Desafios Humanos

O artigo reflete sobre o ano de 2024,marcado por conflitos,desastres climáticos,doenças emergentes e pandemias. Destaca avanços científicos,como novos fármacos e vacinas,contrastando com a insensibilidade da sociedade diante de crises. Questiona a evolução humana diante da explosão de informações e desafios futuros,como a inteligência artificial. Encerra com a esperança de um novo ano com mais empatia e crescimento humano.

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Como olhar o terrível ano de 2024,com inumeráveis conflitos,mais os desastres climáticos e aqueles de puro erro humano,as doenças emergentes,os novos patógenos ameaçadores de pandemias,a desídia quase sistemática pela vida,a abstração diante de prantos de diferentes credos,e o excesso de mortes resultante desse cenário planetário? Se abstrairmos à vera,poderemos nos consolar com as belas descobertas científicas e tecnológicas,desde novos fármacos para endemias de grande magnitude,como tuberculose,malária,Aids,obesidade,câncer,novas vacinas para crianças e para os idosos,e estudos em desenvolvimento para doenças neurológicas degenerativas e diabetes,até mecanismos de locomoção,órteses e próteses,para os feridos de conflitos,cirurgias robóticas e transplantes de órgãos.

Porém nada se passa em nossa retrospectiva,sem nos lembrar daquele longínquo dezembro de 2019,quando na virada do Ano Novo se descrevera um novo vírus,um inimigo invisível nascido no Oriente e que em velocidade epidêmica se propagou até atingir todos os continentes em semanas,se transformar em pandemia,a assombrar países desenvolvidos ou não e a uniformizar comportamentos,independentemente de poder aquisitivo ou status social. Em última análise,a marcar de vez o início do século XXI,desnudando as crônicas e obscenas desigualdades sociais,particularmente entre nós. Hoje,quando o recuo histórico deste lustro nos permite olhar para trás,nos vemos diante do impacto do que representam as sequelas e os quadros crônicos da Covid longa,que não sabemos se indeléveis,mas que desde já exigem investimentos de reabilitação e tratamentos complexos para várias gerações de pessoas.

Quando exatamente nos tornamos insensíveis? Mesmerizados por avalanches de notícias imediatas,não necessariamente factuais,quando as gerações X (nascidos entre 1965-80) ou mesmo as anteriores,se viram instadas a tentar acompanhar o conhecimento,com pressa,como num fronte desigual de preparo para essa maratona comportamental. Assim chegamos a mais um fim de ano.

Se pensarmos na evolução,sensu lato,em cerca de 50 mil anos,não se observou nenhuma mudança biológica relevante nos seres humanos,ou seja,tudo o que compusemos como culturas e civilização o fizemos com os mesmos corpo e cérebro. O paleontologista Stephen Jay Gould tenta nos explicar que a “seleção natural darwiniana se torna irrelevante na evolução humana” uma vez que fenômenos culturais,a depender de sua magnitude,produzem mudanças mais rápidas que as genéticas. Esse conceito faz parte dos desafios a se responder,e muito rapidamente. Nesse sentido,o que nos reserva o próximo ano? O que abraça nosso futuro próximo,com a inteligência artificial nos auxiliando em tantas áreas do conhecimento? Como lidará com isso as gerações Z (nascidos entre 1995-2010) e Alpha (2010-presente) sem perder a sensibilidade para com o outro e a melhor racionalidade? Certamente brotarão bons inquéritos epidemiológicos,a inspirar os pesquisadores sociais.

Num dos maiores romances de todos os tempos,Cervantes em seu Quixote,único,nos diz “sabe Sancho,que todas essas tempestades que nos afligem são sinais de que o tempo há de serenar,e as coisas,enfim,hão de nos sorrir; pois não é possível que o mal,tampouco o bem,durem para sempre. Assim,tendo o mal persistido por tanto tempo,o bem já deve estar próximo...” Com esse doce vaticínio e nossa cansada mas obstinada esperança,meu sincero e convicto desejo,é de um ano novo com o mais desavergonhado bem querer,menos consumo desnecessário,o que fará em nós uma verdadeira transformação de crescimento humano,com mais olhar o outro no sentido mais profundo do que seja crescer em atenção e em generosidade,com tecnologia,inovação e sobretudo acesso à maioria dos homens. Para todos,muitos bons abraços,boa música,bons livros e velhos amigos por perto. Feliz Ano Novo.

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