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Denúncia contra Bolsonaro por trama golpista já está praticamente pronta

02-12 HaiPress

O ex-presidente Jair Bolsonaro,no aeroporto de Brasília — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo/18-01-2025

A denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento na trama golpista para impedir a posse de Lula já está praticamente pronta,de acordo com três fontes que acompanham de perto os desdobramentos do caso.

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O texto principal está finalizado,mas a equipe do procurador-geral da República,Paulo Gonet,está fazendo apenas os ajustes finais da redação,que deve ser apresentada até o Carnaval.

Gonet tem um estilo de trabalho centralizador e gosta de fazer uma série de revisões nos textos,checando informações e se preocupando até mesmo com notas de rodapé.

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Para interlocutores do procurador-geral da República ouvidos reservadamente pela equipe da coluna,essa é a denúncia mais importante em seu mandato de dois anos,que se encerra em dezembro deste ano.

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal em novembro do ano passado por abolição violenta do Estado democrático de Direito,golpe de Estado e organização criminosa – crimes que somam 28 anos de prisão.

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Desde então,o procurador se debruça sobre as 884 páginas do relatório da investigação para fundamentar a acusação,que deve vir fatiada – e se concentrar,neste momento,nos principais personagens políticos que articularam a intentona golpista,segundo a PF.

Veja quem são os indiciados pela Polícia Federal

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Jair Messias Bolsonaro,ex-presidente da Repúblic — Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

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Alexandre Rodrigues Ramagem,policial federal,ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

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Angelo Martins Denicoli,ex-diretor no Ministério da Saúde e ex-assessor na Petrobras — Foto: Reprodução

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José Eduardo de Oliveira e Silva,padre — Foto: Reprodução

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Almir Garnier Santos,ex-comandante da Marinha do Brasil — Foto: Reprodução

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Ailton Gonçalves Barros,ex-militar e advogado — Foto: Reprodução

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Alexandre Castilho Bitencourt da Silva — Foto: Reprodução

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Amauri Feres Saad,advogado — Foto: Reprodução

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Anderson Gustavo Torres,ex-ministro da Justiça e Segurança Pública — Foto: Reprodução

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Augusto Heleno Ribeiro Pereira,ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência — Foto: Agência Brasil

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Bernardo Romão Corrêa Netto — Foto: Reprodução

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Carlos Cesar Moretzsohn Rocha,Dono do Instituto Voto Legal (IVL) — Foto: Reprodução

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Cleverson Ney Magalhães,militar — Foto: Reprodução

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Filipe Garcia Martins Pereira,ex-assessor de Bolsonaro — Foto: Reprodução

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Guilherme Marques Almeida,ex-chefe da seção de Operações Psicológicas no Comando de Operações Terrestres — Foto: Divulgação

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Laércio Vergílio — Foto: Reprodução

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Marcelo Costa Câmara,ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — Foto: Reprodução

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Fernando Cerimedo,influencer dono do canal La Derecha Diario — Foto: Reprodução

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General Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira — Foto: Divulgação/Exército

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General Mario Fernandes — Foto: Reprodução/Youtube

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Mauro Cesar Barbosa Cid,ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

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Nilton Diniz Rodrigues,comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva — Foto: Reprodução

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Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho,empresário,neto de João Baptista Figueiredo,último presidente da ditadura — Foto: Reprodução

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Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira,ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército — Foto: Agencia Brasil

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Rafael Martins de Oliveira,tenente-coronel do Exército — Foto: Reprodução

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Tércio Arnaud Tomaz,ex-assessor especial de Bolsonaro — Foto: Reprodução

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Valdemar Costa Neto,presidente do PL (partido de Bolsonaro) — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

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Walter Souza Braga Netto,ex-ministro da Casa Civil e da Defesa — Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo / Arquivo

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Wladimir Matos Soares,policial federal — Foto: Reprodução

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Fabrício Moreira de Bastos,ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro e do 52° Batalhão de Infantaria de Selva do Exército,em Marabá (PA) — Foto: Reprodução

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Publicidade PF reuniu indícios que conectam o ex-presidente Bolsonaro às articulações com teor golpista de impedir a posse do presidente Lula

A denúncia será fatiada — ou seja,dividida em lotes —,o que deve permitir ao Supremo uma análise mais célere do caso,já que deve reunir um número delimitado de investigados,ao invés de todos os que foram indiciados pela PF. Bolsonaro estará nesse primeiro lote.

A PGR montou uma força-tarefa para analisar a conclusão do inquérito da Polícia Federal. O procurador-geral da República trabalhou no caso ao longo do mês de janeiro,durante suas férias,para acelerar os trabalhos.

8 de Janeiro

Conforme informou o blog,em pouco mais de um ano de gestão,Gonet já apresentou 256 denúncias perante o Supremo e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Desse total,237 – o equivalente a 92,5% – estão relacionadas às investigações dos atos golpistas que culminaram com a invasão e a depredação da sede dos três poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023.

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As outras acusações contra políticos se concentraram em parlamentares e políticos da oposição. Além do deputado Chiquinho Brazão,acusado de tramar a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL),que é do Centrão,Gonet também denunciou os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) por invasão ao site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto,e Nikolas Ferreira (PL-MG),por injúria contra o presidente Lula por chamá-lo de “ladrão” em suas redes sociais.

Calendário

Enquanto aguardam a denúncia da PGR,aliados de Bolsonaro já traçaram um cronograma das próximas etapas das investigação da trama golpista instalada na cúpula de seu governo para impedir a posse de Lula.

No entorno de Bolsonaro,a expectativa é a de que,depois da apresentação da acusação formal pela PGR,o ministro Alexandre de Moraes dê celeridade ao caso e leve recebimento da denúncia a julgamento da Primeira Turma do STF já em março. Conforme informou o GLOBO,integrantes do colegiado avaliam reservadamente aumentar a frequência de sessões – que costumam ser quinzenais,às terças-feiras – para agilizar a análise.

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Nessa etapa,os magistrados avaliam se há indícios suficientes de que os investigados praticaram crimes e decidem abrir uma ação penal para,em uma fase posterior,aprofundar a apuração,com a coleta de mais provas e depoimentos de testemunhas de defesa e acusação.

A expectativa desses aliados mais realistas de Bolsonaro é de que a turma aceite a denúncia por unanimidade,com os votos de Moraes,Cármen Lúcia,Luiz Fux e os dois indicados pelo presidente Lula neste terceiro mandato,Cristiano Zanin e Flávio Dino.

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Considerando o prazo médio de quatro meses entre a abertura das ações penais e a condenação de outros acusados dos atos golpistas de 8 de Janeiro,a Primeira Turma poderia julgar Bolsonaro e outros denunciados entre setembro e outubro.

Julgamento no STF sobre os atos de 8 de janeiro

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Moraes pede condenação de 1º réu dos atos de 8 de janeiro e pena de 17 anos de prisão — Foto: Cristiano Mariz/O Globo

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Ministro Roberto Barroso profere seu voto no julgamento da Ação Penal (AP) 1060,que tem como réu Aécio Lúcio Costa Pereira,acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Presidente do STF,ministra Rosa Weber preside sessão extraordinária que prossegue com o julgamento da Ação Penal (AP) 1060,acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Ministro André Mendonça profere seu voto no julgamento da Ação Penal (AP) 1060,acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Ministro Gilmar Mendes em sessão extraordinária que prossegue com o julgamento da Ação Penal (AP) 1060,acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Ministro Edson Fachin profere seu voto no julgamento da Ação Penal (AP) 1060,acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Sessão plenária do STF. Ministro Gilmar Mendes participa da sessão plenária do STF. — Foto: Carlos Moura/SCO/STF

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Ministro Cristiano Zanin profere seu voto no julgamento da Ação Penal (AP) 1060,acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar as primeiras ações penais sobre acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8/1 em sessão extraordinária — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Kassio discorda de Moraes e diz que atos 'não tiveram alcance de abolir estado democrático — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Plenário do STF no primeiro julgamento do 8 de janeiro - Foto Rosinei Coutinho/SCO/STF

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STF: julgamento dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Cristiano Zanin. — Foto: Brenno Carvalho

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STF: julgamento dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Alexandre de Moraes. — Foto: Brenno Carvalho

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STF: julgamento dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Rosa Weber. — Foto: Brenno Carvalho

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Agenda: A resposta de Janja à falta de transparência – e por que ela ainda não resolve o problemaRelembre: Governo Lula esconde informações sobre Janja

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