Greenpeace é condenado a pagar indenização milionária a operador de oleoduto nos EUA
03-20 IDOPRESS
Greenpeace,ONG de defesa do meio ambiente,é multada nos EUA — Foto: Reprodução
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 19/03/2025 - 22:17
Greenpeace condenado a pagar R$ 3,7 bi à Energy Transfer em caso de protestos
Um júri da Dakota do Norte condenou o Greenpeace a pagar R$ 3,7 bilhões à Energy Transfer,operadora do oleoduto Dakota Access,por danos decorrentes de protestos contra a construção do oleoduto. A sentença é vista como um desafio à liberdade de expressão. A ONG afirma que a decisão tenta "falir o movimento",mas reforça que é sustentada por doações individuais. O caso remonta aos protestos do povo indígena sioux,que geraram repercussão internacional.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
Um júri da Dakota do Norte,nos Estados Unidos,condenou hoje o Greenpeace a pagar uma indenização milionária por danos e prejuízos a uma empresa que processou a ONG por protestar contra a construção de um oleoduto,um caso que desafia o alcance da liberdade de expressão no país.
O veredicto é um duro golpe para o grupo ambientalista,que foi processado pela Energy Transfer (ET),por orquestrar uma campanha de violência e difamação contra a empresa.
Juros: Entenda em 5 pontos a decisão do Banco Central que elevou a Selic para 14,25%Calculadora novo Imposto de Renda: ferramenta do GLOBO mostra quanto você deixará de pagar. Faça simulações
"Gostaríamos de agradecer ao juiz e ao júri pela incrível quantidade de tempo e esforço que dedicaram a este caso",disse nesta quarta-feira a empresa,que deverá receber uma indenização de mais de 660 milhões de dólares (R$ 3,7 bilhões).
"Embora estejamos satisfeitos que o Greenpeace tenha que responder por suas ações,esta vitória é realmente para o povo de Mandan e de todo Dakota do Norte,que teve que viver com o assédio diário e as interrupções causadas pelos manifestantes que foram financiados e treinados pelo Greenpeace."
Analistas respondem: Mudança no IR reduz desigualdade,aumenta consumo e ajuda popularidade de Lula?
Após o anúncio do veredicto,a diretora executiva interina da Greenpeace USA,Sushma Raman,afirmou à AFP que "não é possível falir um movimento".
"Somos movidos por pessoas,não aceitamos financiamento corporativo ou governamental,somos inteiramente apoiados por indivíduos que dão pequenas quantias de dinheiro... as pessoas que alimentam organizações como o Greenpeace. Você não pode falir elas",acrescentou.
Há quase uma década,o povo indígena sioux de Standing Rock protagonizou um dos maiores protestos da história dos Estados Unidos contra a construção de um oleoduto.
Centenas de manifestantes nesses protestos ficaram feridos e outros tantos foram detidos,o que levou a ONU a manifestar sua preocupação com as supostas violações da soberania dos indígenas.
Apesar de ter entrado em funcionamento em 2017,a Energy Transfer seguiu com as ações legais contra o Greenpeace. Inicialmente,recorreu a um tribunal federal,onde pedia uma indenização de 300 milhões de dólares (R$ 1,7 bilhão na cotação atual),demanda que foi desconsiderada.