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Petroleira francesa estuda usar hidrogênio verde do Brasil em refinarias na Europa, diz agência

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A francesa TotalEnergies negocia com empresa brasileira Casa dos Ventos para importar hidrogênio verde do nordeste do Brasil — Foto: Islam Safwat/Bloomberg

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GERADO EM: 19/03/2025 - 22:24

TotalEnergies Planeja Importar Hidrogênio Verde do Brasil para a Europa

A TotalEnergies,gigante francesa de energia,está considerando importar hidrogênio verde do Brasil para suas refinarias na Europa. O projeto está sendo desenvolvido pela Casa dos Ventos no porto de Pecém,com capacidade planejada de 1,2 gigawatts. O hidrogênio verde é crucial para a descarbonização,e o Brasil pode produzi-lo de forma mais barata. A decisão final sobre o investimento é esperada para o próximo ano.

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A empresa francesa de energia TotalEnergies considera importar hidrogênio verde de um projeto bilionário em desenvolvimento no nordeste do Brasil para abastecer as suas refinarias na Europa. A petroleira seria um dos principais compradores do hidrogênio a ser produzido em uma planta planejada pela empresa brasileira de energias renováveis Casa dos Ventos,disseram fontes familiarizadas com o assunto,que pediram anonimato porque o assunto não é público.

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A TotalEnergies,que tem uma participação de 34% na unidade de geração de energia eólica e solar na Casa dos Ventos,também considera uma participação no projeto,disseram as fontes.

A TotalEnergies e a Casa dos Ventos ainda não tomaram uma decisão final sobre o negócio,segundo as fontes. Ambas as empresas não quiseram comentar sobre um potencial acordo.

O projeto,que seria desenvolvido em fases no porto de Pecem,poderá eventualmente atingir uma capacidade de 1,2 gigawatts de eletrólise,o que o permitiria produzir 160 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. A produção de amônia verde,que é mais fácil de transportar do que o hidrogênio,poderá atingir 900 mil toneladas por ano,segundo a Casa dos Ventos.

O hidrogênio verde tem sido apontado como um combustível fundamental para um futuro sem carbono,por ser produzido através da divisão das moléculas de água em hidrogênio e oxigênio utilizando energia renovável. No entanto,poucos projetos de grande escala avançaram para a fase de construção devido aos altos custos e à complexidade tecnológica.

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O contrato da TotalEnergies seria um novo passo no plano da empresa petrolífera de reduzir suas emissões,substituindo as 500 mil toneladas de hidrogênio "cinza" — que utiliza combustíveis fósseis — usado em seus processos de refino na Europa por hidrogênio verde até 2030. A mudança para o gás limpo — mas muito mais caro — é motivada por um imposto planejado pela União Europeia sobre distribuidores de combustível que não atendem aos padrões ambientais,disse a empresa.

Até agora,a empresa assinou contratos para pouco mais de 130 mil toneladas do gás produzido de forma limpa que será feito na Europa e para 70 mil toneladas que devem ser enviadas da Arábia Saudita na forma de amônia verde. A principal planta da Arábia Saudita em Neom,que foi estimada em US$ 8,4 bilhões em 2023,deve começar a operar em 2026 com o objetivo de exportar até 1,2 milhão de toneladas de amônia verde por ano.

A Casa dos Ventos planeja fornecer cerca de 3 gigawatts de energia eólica e solar para alimentar eletrolisadores que produzirão hidrogênio verde,disse a empresa. O desenvolvimento de plantas de energia renovável e a fábrica de hidrogênio verde podem eventualmente resultar em um investimento total de cerca de US$ 5 bilhões,de acordo com a Casa dos Ventos.

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O Brasil está buscando impulsionar investimentos e dar início a uma indústria de hidrogênio de baixo carbono e recentemente aprovou uma lei que oferece alguns incentivos fiscais para projetos. A maior economia da América do Sul é capaz de produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo,excluindo subsídios,de acordo com a BloombergNEF.

O porto no estado do Ceará pode se tornar o primeiro grande centro de exportação de hidrogênio verde no Brasil,com outras empresas de energia como a Fortescue também considerando produção no local.

"A planta de hidrogênio verde em Pecém será o principal projeto do Brasil para exportação de hidrogênio",disse a Casa dos Ventos em nota. Uma decisão final de investimento para a fábrica é esperada para o ano que vem,enquanto as operações devem começar em 2029,de acordo com a empresa.

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