Pequenas empresas: 84% esperam crescimento no faturamento nos próximos meses
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Bares no Largo São Francisco da Prainha — Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 17/04/2025 - 18:24
Mesmo com Juros Altos,84% das PMEs Brasileiras Esperam Crescimento
Apesar do pessimismo econômico gerado por juros altos,84% das pequenas e médias empresas brasileiras esperam crescimento no faturamento nos próximos meses,segundo a Sondagem Omie. A pesquisa revela que as taxas de juros são o principal entrave para 45% dos empresários,enquanto 51% acreditam na piora econômica. Mesmo assim,a confiança no desempenho interno persiste,com expectativa de novas vagas de emprego e aumento de custos afetando as PMEs.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O cenário de juros elevados segue como uma das principais dores das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras,contribuindo diretamente para o aumento do pessimismo em relação à economia nacional. É o que revela a quarta edição da Sondagem Omie das Pequenas Empresas,realizada pela plataforma de gestão em nuvem Omie.
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Segundo o levantamento,45% dos empresários apontam as taxas de juros elevadas como o principal entrave para o crescimento de seus negócios — uma alta em relação aos 41% registrados na edição anterior,seguida de ‘altos custos com mão de obra’ (que também cresceu de 41% para 45%) e ‘elevada competitividade no segmento’ (42%).
O impacto da política monetária contracionista também se reflete na percepção geral sobre a economia: 51% dos entrevistados esperam piora do cenário econômico nos próximos seis meses,um avanço expressivo frente aos 39% observados em setembro de 2024.
A piora das expectativas ocorre em um contexto de manutenção da Selic em patamares elevados,aumento da inflação e previsão de desaceleração do PIB em 2025. Ainda assim,a maioria dos empresários segue otimista quanto ao desempenho de suas próprias empresas: 84% esperam crescimento no faturamento e 43% pretendem abrir novas vagas de emprego no curto prazo.
- O resultado positivo surpreende diante do cenário macroeconômico desafiador e das indicações de desaquecimento do mercado de PMEs nos últimos meses. No entanto,alguns fatores podem sustentar a visão otimista dos pequenos empreendedores em diversos segmentos,como a continuidade do crescimento da renda real do trabalho e o forte desempenho do Comércio nos últimos meses - analisa Felipe Beraldi,economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie.
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Apesar disso,o aperto nas condições financeiras já tem efeitos práticos no dia a dia das PMEs. A menção à falta de capital de giro cresceu de 30% para 36% nesta edição,reforçando o peso do crédito mais caro sobre os pequenos negócios. Ao mesmo tempo,a demanda fraca deixou de ser o principal problema — a menção ao tema caiu de 30% para 26% —,o que reforça a confiança na manutenção das vendas,ainda que o acesso a recursos esteja mais difícil.
A sondagem também identificou que 80% das empresas tiveram aumento nos custos e despesas,reflexo direto da inflação e da elevação do salário mínimo,que pressiona os gastos com mão de obra — outra dor mencionada por 45% dos entrevistados.