No final de outubro, seis filmes - "The Looming Storm", "Almost Love", "Lost in the Moonlight", "O Botânico", "Ripple" e "A Woman in Dilemma" - partiram de Pequim, onde o inverno já havia chegado, com destino a São Paulo, Brasil, onde as temperaturas começam a subir novamente, trazendo ao público local obras selecionadas do "Prêmio Tiantan" e da seção "Olhar para o Futuro" do Festival Internacional de Cinema de Pequim. Através da turnê global "Imagem do Templo do Céu", as emoções viajaram pelas monções continentais de Pequim até terras subtropicais, onde as pessoas se conectaram com o outro lado do mundo através da tela do cinema.

(Foto do local do evento)

Na exibição de "O Botânico" no dia 25 de outubro, Peng Sihai, vice-diretor da Rádio e Televisão de Pequim e vice-secretário-geral do Comitê Organizador do Festival Internacional de Cinema de Pequim, fez um discurso de abertura. Ele destacou que seis filmes chineses de estilos diversos atravessaram oceanos para se encontrar na vibrante São Paulo, com o objetivo de usar o cinema como ponte para promover o diálogo e o aprendizado mútuo entre civilizações. Isto não é apenas uma mostra cinematográfica, mas também um diálogo que une Oriente e Ocidente. O Festival Internacional de Cinema de Pequim, após quinze anos de trajetória, já reuniu produções cinematográficas de todo o mundo, tornando-se um importante palco para o intercâmbio cultural cinematográfico global. A verdadeira amizade não conhece distâncias, mesmo separados por milhares de quilômetros somos vizinhos. Desde o conto de fadas poético de "O Botânico" até as narrativas diversificadas dos outros filmes, essas obras abriram uma janela para que o público brasileiro conheça a China contemporânea. Por fim, desejou que esta atividade possa fortalecer ainda mais os laços cinematográficos entre China e Brasil, trazendo novo vigor e vitalidade ao intercâmbio cultural entre os dois países.

(Foto do discurso de liderança)

Na mesma ocasião, o diretor do filme Jing Yi esteve presente para conversar pessoalmente com o público, considerando que isso também é uma espécie de montagem cinematográfica: um filme chinês atravessa continentes e oceanos para chegar a São Paulo, enquanto o próprio diretor está prestes a embarcar em um voo de volta a Pequim. Este é um filme sobre distância, e o diretor Jing Yi espera que o público possa sentir silenciosamente a conexão e a separação entre as pessoas.

(Jing Yi concede entrevista à mídia)

As emoções humanas são complexas e sutis, mas sempre conseguem transcender fronteiras geográficas e culturais, despertando ressonância que ultrapassa países. Ao assistir "The Looming Storm", espectadores foram rapidamente capturados por seu ritmo envolvente: "A atmosfera tensa da abertura me fisgou na hora, fazia tempo que não via um filme de ação tão emocionante"; um espectador que decidiu de última hora assistir "O Botânico" comentou após a sessão: "Acho que este filme retrata de forma muito sensível as questões emocionais e ambientais, e mostra muito bem o conflito entre a onda de globalização e as pequenas aldeias que preservam tradições"; já o filme "Ripple" ecoou na distante São Paulo, quando uma espectadora contou que também havia perdido um ente querido da mesma idade da protagonista, e o filme a tocou profundamente; após a exibição de "A Woman in Dilemma", um espectador mais velho confessou ter se identificado fortemente com o dilema da protagonista, e expressou o desejo de também ter coragem para sair de sua zona de conforto, e quem sabe um dia visitar a China; houve ainda espectadores que disseram ter vivenciado diversas emoções ao assistir "Almost Love", inicialmente achando que os dois protagonistas não se amavam, mas aos poucos compreendendo aquela relação delicada entre eles. "Lost in the Moonlight" provocou uma reflexão intrigante: "Hoje em dia as pessoas estão conectadas de forma tão fácil, muito mais do que na época retratada no filme, mas paradoxalmente se tornaram mais distantes. Enquanto no filme, eles, mesmo separados por milhares de quilômetros, mantêm os corações tão próximos".

Além das exibições e debates, a delegação do Festival Internacional de Cinema de Pequim se uniu ao Festival Internacional de Cinema de São Paulo para realizar o evento de apresentação "Noite do Cinema de Pequim", criando uma nova plataforma de diálogo e cooperação para cineastas chineses e brasileiros. O evento contou com a presença de Peng Sihai, vice-diretor da Rádio e Televisão de Pequim e vice-secretário-geral do Comitê Organizador do Festival Internacional de Cinema de Pequim, Yu Peng, Cônsul-Geral da China em São Paulo, Renata de Almeida, presidente do Festival Internacional de Cinema de São Paulo, além de aproximadamente 300 profissionais do cinema, representantes da mídia e cinéfilos, que juntos testemunharam uma nova etapa do intercâmbio cultural cinematográfico sino-brasileiro.

Como disse Renata de Almeida, presidente do Festival de Cinema de São Paulo, "os cineastas do Brasil e da China plantaram juntos uma semente, que ela cresça e floresça, dando frutos abundantes". O sucesso desta edição de Imagem do Templo do Céu · São Paulo representa justamente o primeiro broto verde desta semente que rompe o solo, sinalizando amplas perspectivas de cooperação futura. A tela do cinema não ilumina apenas imagens, mas também desperta ressonância emocional que transcende idiomas e geografias. O cinema, com seu poder único de luz e sombra, conecta corações, inspira reflexões e aproxima diferentes culturas através do conhecimento mútuo. A jornada do Imagem do Templo do Céu continua, e as sementes do cinema brotarão e florescerão em novas cidades.