Economia portuguesa cresce entre 1,7% e 2,2% no segundo trimestre
07-30 HaiPress
Já no que diz respeito à evolução trimestral,os analistas perspetivam um abrandamento do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para entre 0,3% e 0,8%.
A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para os dados do PIB no segundo trimestre será conhecida esta terça-feira. No primeiro trimestre do ano,a economia portuguesa cresceu 1,5% em termos homólogos e 0,8% em cadeia.
O barómetro CIP/ISEG prevê para o segundo trimestre um crescimento do PIB,em cadeia,entre 0,5%. "Esta evolução corresponde a um crescimento homólogo entre 1,7% e 1,9%,superior ao valor de 1,5% registado no primeiro trimestre",explica a nota de análise,baseando-se no contributo positivo da procura interna,com o consumo interno a abrandar,mas com o investimento a recuperar da queda em cadeia observada no início do ano.
"Já o contributo da procura externa líquida é mais incerto,com melhores perspetivas para o comércio internacional de bens do que para o saldo da balança turística,que dificilmente repetirá o nível dos ganhos registados no primeiro trimestre",explica também.
O Fórum para a Competitividade,por sua vez,estima que tenha havido uma "ligeira desaceleração" da economia em cadeia no segundo trimestre deste ano,alertando para "riscos orçamentais e políticos" no segundo semestre,segundo uma nota de análise.
"O Fórum para a Competitividade estima que terá havido uma ligeira desaceleração da economia portuguesa no 2.º trimestre,de 0,8% para entre 0,5% e 0,8% em cadeia e de 1,5% para entre 1,9% e 2,2% em termos homólogos",destacou,no mesmo documento.
Já o Católica Lisbon Forecasting Lab (NECEP) projeta que no segundo trimestre de 2024,a economia portuguesa deverá ter crescido 0,3% em cadeia,o que corresponderia a um crescimento de 1,7% em termos homólogos.
A área de estudos económicos do BCP também perspetiva uma aceleração da taxa de crescimento do PIB em termos homólogos,de 1,5% para 1,segundo a mais recente nota de conjuntura.
A equipa do banco prevê ainda que se vai verificar "uma variação em cadeia de 0,5%,o que representa uma ligeira desaceleração em relação ao crescimento de 0,8% observado nos três primeiros meses do ano".
"A expansão da atividade económica deverá ter continuado a beneficiar do dinamismo do consumo privado,suportado pelo aumento do rendimento real disponível das famílias,na sequência da descida da taxa de inflação,da redução das taxas de juro,e da robustez do mercado de trabalho",lê-se na nota.
Além disso,"o investimento deverá ter recuperado,após a forte queda registada no trimestre anterior,beneficiando da redução dos custos de financiamento e da implementação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência",consideram os economistas.
O BPI research destaca ainda,no boletim "Pulso Económico",que "os indicadores sintéticos de atividade e de sentimento apontam para moderação no final do segundo trimestre",mas o "consumo continua robusto".