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Inapa já apresentou pedido de insolvência

07-30 HaiPress

"A situação de insolvência da Inapa IPG foi despoletada por uma carência pontual de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland GmbH ("Inapa Deutschland"),em montante de 12 milhões de euros,para a qual não se encontrou solução de financiamento até dia 22 de julho,prazo estabelecido pela lei alemã,o que resultou na apresentação à insolvência da Inapa Deutschland nesse dia",lê-se no comunicado.

 

Como recorda a empresa,perante a insolvência da subsidiária alemã,a Inapa IPG decidiu avançar também para a sua própria,tendo ainda assim emitido uma "carta conforto à Inapa Deutschland a favor dos bancos financiadores desta última (entre os quais o Deutsche Bank AG,Hamburger Sparkasse AG e Norddeutsche Landesbank Girozentrale),nos termos da qual se comprometeu a contribuir os montantes necessários". No entanto,esta foi "impossível de cumprir".

A Inapa explica que o "incumprimento da carta conforto e a insolvência da Inapa Deutschland determinavam o vencimento antecipado do financiamento obtido junto do consórcio alemão de bancos acima referido,no montante de Euro17.735.000 [euros],igualmente coberto pela carta conforto emitida à Inapa Deutschland".

A empresa tinha financiamentos contraídos junto do Millennium BCP,mas não tinha "capacidade para liquidar tal dívida",além de ser incapaz de cumprir com garantias às participadas.

Estava assim numa situação de insolvência,pela qual também foi decidido não efetuar o pagamento de 3.000.000 euros "devido no dia 25 de julho de 2024,por referência à terceira série de obrigações convertíveis subscritas pela sociedade Papyrus GmbH".

Tendo em conta este contexto,"a Inapa IPG encontra-se em sérias dificuldades para prosseguir a sua atividade,em face dos impactos que as circunstâncias descritas têm na sua relação com entidades financiadoras,fornecedores,seguradoras de crédito e demais 'stakeholders' [intervenientes]".

A empresa aguarda agora a "distribuição do processo de insolvência e a nomeação pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste do respetivo administrador de insolvência,que ficará responsável pela condução do processo e pela determinação dos próximos passos processuais".

O grupo Inapa foi fundado em 1965 e tem como principal acionista a empresa pública Parpública,com 44,89% do capital social,enquanto a empresa Nova Expressão tem 10,85% e o Novo Banco 6,55%. O restante capital está disperso.

Foi este mês conhecido que a Inapa tinha pedido uma injeção de 12 milhões de euros para necessidades de tesouraria imediatas,mas o Ministério das Finanças disse que a Parpública não iria conceder à Inapa os financiamentos pedidos.

A tutela disse que só soube da "situação crítica" em que estava a Inapa em 11 de julho (aquando da suspensão das ações) e que foi aí que convocou a Parpública,que explicou que a empresa tinha pedido uma injeção de 12 milhões de euros para necessidades de tesouraria imediatas na operação na Alemanha quando já tinha um pedido de 15 milhões de euros para reestruturação.

Perante essas informações,foram pedidos pareceres à Parpública,à Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e à Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM),afirmando as Finanças que as três entidades concluíram que "a proposta não reunia condições sólidas,nem demonstrava a viabilidade económica e financeira que garantisse o ressarcimento do Estado".

[Notícia atualizada às 19h17]

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