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A estratégia de Bolsonaro para lidar com as mensagens do gabinete de Alexandre de Moraes

08-16 HaiPress

O então presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o ministro Alexandre de Moraes durante evento no TST — Foto: Cristiano Mariz/O Globo

Se for seguir a estratégia sugerida por assessores e advogados,o ex-presidente Jair Bolsonaro não dirá nenhuma palavra e nem fará postagens ou comentários sobre o caso das mensagens entre auxiliares de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o inquérito das fake news.

Artigo: Vaza-Jato de Alexandre de Moraes mostra que não aprendemos nada com Vaza-Jato de MoroE mais: Silêncio de Sergio Moro sobre Alexandre de Moraes intriga colegas de Senado

Nos diálogos revelados em reportagens da Folha de S. Paulo,juízes assistentes de Moraes solicitavam,de maneira informal,a elaboração de relatórios de investigação do TSE para embasar decisões nas investigações em curso contra bolsonaristas. Depois,colocavam esses relatórios nos processos dizendo que foram mandados espontaneamente ao ministro ou tinham vindo de denúncia anônima.

Desde que o caso veio à tona,senadores bolsonaristas se movimentaram para apresentar um novo pedido de impeachment para se juntar aos 22 que já existem. Eduardo Girão (Novo-CE) articula a coleta de assinaturas de outros parlamentares,enquanto Damares Alves (Republicanos-DF) acionou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a investigação dos juízes auxiliares de Moraes.

Senado: Damares aciona CNJ para investigar auxiliares de Alexandre de MoraesLeia também: Apesar da pressão de bolsonaristas,Pacheco deve ‘segurar’ impeachment de Alexandre de Moraes

Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ),acusou o ministro de “fabricar crimes contra adversários políticos” e cometer um “atentado à democracia”.

Veja fotos da posse do ministro Alexandre Moraes na presidência do TSE

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Alexandre de Moraes discursa durante posse no TSE — Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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Moraes é cumprimentado pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski — Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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O presidente Jair Bolsonaro durante a posse de Moraes como presidente do TSE — Foto: Reprodução

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Posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE — Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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Posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE — Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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O ministro Edson Fachin,que antecedeu Moraes na presdência do TSE — Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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Cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do TSE reúne autoridades políticas e do Judiciário — Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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Alexandre de Moraes chega para cerimônia de sua posse como presidente do TSE,acompanhado de sua esposa — Foto: Reprodução/TSE

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Alexandre de Moraes toma posse como presidente do TSE — Foto: Reprodução/TSE

 

Apesar de toda essa movimentação,aliados de Bolsonaro dizem que o ex-presidente corre o risco de "bolsonarizar" as críticas a Moraes se fizer algum comentário público,o que poderia vir a prejudicar a má repercussão do episódio fora da bolha da direita.

E mais: Alexandre de Moraes é campeão de pedidos de impeachment no SenadoBastidor: Alcolumbre tenta salvar governador bolsonarista ameaçado de cassação no TSE

Ministros do presidente Lula e parlamentares da base aliada já vieram a público em defesa do ministro do Supremo,mas parte da opinião pública tem manifestado críticas a ele.

Outra razão para o silêncio de Bolsonaro é o fato de seus estrategistas acreditarem que qualquer movimento em falso do ex-presidente no momento pode criar dificuldades para ele nos inquéritos das fake news e da trama golpista.

Ministro do STF: Denúncia contra família que hostilizou Alexandre de Moraes marca guinada na PGR e na PFPGR: Denúncia contra família que hostilizou Alexandre de Moraes desconsidera parecer técnico

Pelo que tem dito os policiais federais ligados a este último inquérito,que apura o suposto plano de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022 e impedir a posse de Lula em janeiro de 2023,o relatório final deve sair até setembro,e Bolsonaro muito provavelmente será indiciado.

O ex-ocupante do Palácio do Planalto já foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito do caso das joias sauditas. O caso está com a Procuradoria-Geral da República (PGR),que decidirá se denuncia ou não Bolsonaro pelos crimes de peculato,associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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