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Renato Paiva admite atuação ruim do Botafogo, mas valoriza resultado: 'Enquanto não melhoramos, temos que ganhar'

04-09 IDOPRESS

Renato Paiva na vitória do Botafogo contra o Carabobo pela Libertadores — Foto: Vítor Silva

Apesar da vitória por 2 a 0 com gols de Patrick de Paula e Matheus Martins,a verdade é que não foi boa a atuação do Botafogo contra o Carabobo. A equipe voltou a apresentar problemas técnicos,como muitos passes errados,e equívocos na tomada de decisão,como lançamentos ruins e cruzamentos em excesso — foram 36 tentados e apenas oito acertados. Após a partida,o técnico Renato Paiva admitiu que o desempenho não foi bom,mas valorizou o resultado e previu a melhora do time nos próximos jogos.

— A primeira etapa não foi boa. Não houve paciência em circular a bola. As melhores chances foram circulando a bola do Ponte ao Telles. Como iríamos incomodar o adversário com passes entre meias e zagueiros sem ativar os pontas? Impossível. Fiquei pedindo desesperado para girarem lateral a lateral,pedindo paciência. Não tivemos isso. (Mas) mesmo assim geramos oportunidades e não concretizamos. No segundo tempo,corrigimos. Pedimos paciência sem ser passivo. Porque a circulação estava lenta. Paciência com a bola circulando rápido (e indo) aos extremos. (Assim) abrimos a equipe adversária e eles foram recuando. Muito orgulhoso com meus jogadores,não perderam o rumo do nosso trabalho e entenderam como desmontar um bloco difícil com o tempo — resumiu o treinador.

E foram Patrick de Paula e Matheus Martins os responsáveis por darem a vitória ao Botafogo. Os dois,juntos de Cuiabano,entraram na segunda etapa e deram mais fôlego e poder ofensivo ao alvinegro. Paiva valorizou a resiliência da dupla,que vinha sendo criticada pela torcida,e explicou as alterações realizadas.

— A torcida tem todo o direito e a legitimidade de criticar,porque eles chegam aqui e querem um espetáculo,que,na cabeça deles é jogarmos bem e ganharmos o jogo. E nós trabalhamos pra isso. Agora,eu tenho uma vantagem em relação à torcida,que é estar no dia-a-dia e saber o que os jogadores podem me dar. Portanto,são duas coisas aqui entre a paixão e a razão. E eu tenho muita paixão naquilo que faço,mas tenho que ter muita razão também. Já no último jogo,os jogadores que entraram ajudaram a equipe. Isso tem muito a ver com o conhecimento que temos — iniciou o português,que explicou o que motivou cada troca.

— Tem a ver com o cenário do jogo. Tínhamos um bloco fechado,muita gente no último terço perto da área. Se não mexe,o que acontece? A equipe fica com cansaço físico e mental. Por isso saem Telles e Ponte. Exigimos muito dos nossos laterais,e precisávamos restaurá-los. Depois saem os homens de poder,sem ser o Artur. O Marlon tem muitos jogos e eu precisava carregar mais o time com o Patrick,e isso te dá finalização de meia distância. Conheço os jogadores que tenho à minha disposição,então tenho que tomar decisões em função disso — concluiu.

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Regularidade defensiva

— Em quatro jogos,um gols sofrido somente,isso nos deixa satisfeito. Entendo o torcedor,entendo o jornalista. Mas não há jogos onde não há finalizações ao gol. Não há jogos fáceis. Concedemos de vez em quando oportunidades,porque somos uma equipe ofensiva,colocamos muita gente no meio-campo adversário,em vários momentos John era o único na defesa. Se abdica de colocar gente na frente tu não é corajoso,tem medo. Então não pode estar aqui,não pode representar este clube. Este clube tem uma missão que é ganhar o jogo.

"Beijo" a Savarino após o segundo gol.

Foi por ele encontrar onde encontrou o Matheus,no meio daquela gente toda. Parece que joga com um drone na cabeça e vê coisas que mais ninguém vê. Tirar jogadores criativos da zona de criação para puxar para trás para a zona de construção perde imaginação e criatividade na zona de criação. Se pedir para ele voltar e buscar o jogo,pode perder a paciência. O Savarino,na zona onde é especialista,vai receber em algum momento onde é especialista. Eu prefiro que o Savarino fique na zona de criação,que o Igor e o Mastriani fiquem na zona de finalização e que os outros façam a bola chegar até eles. Dei os parabéns por não terem ido buscar a bola no desespero. Ele foi paciente. Temos que melhorar muitos aspectos. Estamos crescendo. O segundo gol contra o Juventude foi muito do que treinamos,mas hoje não conseguimos jogar apoiado. Sei que o torcedor não tem paciência,mas vou pedir que tenha só um pouquinho mais"

Excesso de cruzamentos

Em relação aos cruzamentos,eu também não gosto de um jogo muito lateralizado para isso,mas também lhe digo que não é crime fazer gols de cruzamento. Se puder ser campeão da Libertadores e da Série A só com gols de cruzamento,quero (risos). Agora,de fato,entendo que os jogadores começaram a se desesperar. O tempo vai passando,a bola não entra,pesa um pouco o resultado no Chile,você começa a ver muita gente ali (na área) e a tendência do jogador é cruzar. E as vezes cruza sem condições de vantagem na área ou que o cruzamento saia bem. E aí vai entrar nessa estatística. Para o número de cruzamentos que fizemos,de fato o número de acertos é muito baixo. Nós precisamos trabalhar isso. São questões técnicas em primeiro lugar,mas também de percepção tática de jogo. Vamos melhorar,mas fico feliz que,dentro desses cruzamentos todos,não deixamos de jogar da outra forma.

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