De Lula e Bolsonaro a Tarcísio, Haddad e Lira: pesquisa revela o quanto brasileiros 'gostam' ou 'rejeitam' nomes da política
07-14 HaiPress
Da esquerda para a direita: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),o dirigente da Câmara dos Deputados,Arthur Lira (PP-AL),e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Fotos de Brenno Carvalho/O Globo e Cristiano Mariz/O Globo
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 14/07/2024 - 04:30
Popularidade de Lula e Bolsonaro em pesquisa nacional
Pesquisa revela popularidade de Lula e Bolsonaro,com Lula tendo maior apoio. Arthur Lira e governadores também são analisados,com destaque para a transferência de rejeições para Haddad e Michelle Bolsonaro. A pesquisa foi realizada em diversas regiões do Brasil,financiada por órgãos de pesquisa e com margem de erro de 2%.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Rivais nas eleições para o Palácio do Planalto mais polarizadas de história recente do país,o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) despontam com maior protagonismo do que outras figuras de alcance nacional,quando considerado o contingente de brasileiros que diz "gostar muito" das duas lideranças. É o que reforça a pesquisa “A Cara da Democracia”,produzida pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT).
Em uma escala de zero a dez — sendo zero “não gosto de jeito nenhum” e dez “gosto muito” —,Lula atrai a estima de 35% dos entrevistados. Quem mais se aproxima deste índice é Bolsonaro,com 28%,embora outros 49% digam não gostar do ex-presidente,a maior taxa. Já Lula tem a rejeição de 40% dos entrevistados.
Pesquisa 'A Cara da Democracia',edição de 2024 — Foto: Editoria de Arte
Para o cientista político João Féres,professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Uerj,a ascensão de Bolsonaro,trazendo consigo uma rejeição significativa,pode ter contribuído para a imagem de Lula.
— A série histórica mostra que o pico do antipetismo ocorreu em 2018,e que desde então houve um refluxo disto — avaliou Féres.
Além de Lula e Bolsonaro,foram testadas os desempenhos dos governadores Tarcísio de Freitas(Republicanos) e Romeu Zema (Novo),do presidente da Câmara,do ministro da Fazenda,Fernando Haddad (PT),e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Responsável por direcionar pautas do Congresso Nacional,o presidente da Câmara,é desconhecido para 30% dos brasileiros. A rejeição ao político do Centrão chega a 40%,a mesma de Lula,mas o deputado fica distante de ter uma base de apoio como a do petista. Apenas 5% dos eleitores se enquadram no contingente que indica gostar muito do presidente da Câmara.
Cotados para assumir o espólio bolsonarista após Bolsonaro ser declarado inelegível pela Justiça Eleitoral,os governadores de São Paulo e de Minas também têm taxas de desconhecimento beirando um terço dos entrevistados. Os índices dos que dizem não gostar de Tarcísio e de Zema também ficam nesse patamar (33% e 34%,respectivamente),superior ao dos que gostam de cada um — 16%,no caso do governador de São Paulo,e 9%,para o mineiro.
Transferência de rejeições
Os dados da pesquisa também captam uma possível transferência de rejeições de Lula e de Bolsonaro para nomes mais atrelados às suas imagens,respectivamente,o ministro da Fazenda,e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro,também cotada como sucessora do marido. Não gostam de Haddad 45% dos entrevistados,ante 49% no caso de Michelle. A ex-primeira-dama alcança índice maior de eleitores que dizem ter simpatia por ela (21%) que Tarcísio e Zema,o que indica sua maior adesão na base bolsonarista.
Já Haddad,candidato a presidente em 2018 e hoje responsável pela agenda econômica do governo,não registrou variação significativa em sua imagem positiva desde o ano passado. Hoje,15% afirmam gostar muito do ministro,ante 14% em 2023. O grupo que o rejeita,por sua vez,recuou três pontos percentuais no período.
A pesquisa "A Cara da Democracia" foi feita com 2.536 entrevistas presenciais de eleitores em 188 cidades,de todas as regiões do país,entre 26 de junho e 03 de julho. O levantamento é financiado pelo CNPq,Capes e Fapemig. O Instituto da Democracia (IDDC-INCT) reúne pesquisadores das universidades UFMG,Unicamp,UnB e Uerj. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos e o índice de confiança é de 95%.
* Os nomes de Lira e Michelle Bolsonaro não foram testados pela pesquisa em 2023