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Ainda sem acordos definidos, estudantes continuam a ocupar reitoria da Uerj; aulas foram retomadas

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Ocupação de estudantes na reitoria da Uerj — Foto: Ana Branco

RESUMO

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GERADO EM: 12/08/2024 - 18:47

Estudantes ocupam reitoria da Uerj em impasse de negociação

Estudantes ocupam reitoria da Uerj sem acordos definidos. Reuniões de negociação ocorrem,mas sem resolução. Reitoria destaca esforços para manter a universidade funcionando. Demandas dos estudantes em andamento antes da ocupação. Cortes na universidade devido a dificuldades financeiras. Reconstrução da instituição em curso. Manutenção de bolsas para alunos em vulnerabilidade. Alterações nos critérios de benefícios estudantis. Triagem em andamento para manter bolsas para alunos de baixa renda.

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A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) segue com a reitoria ocupada por estudantes desde o dia 26 de julho. Na última terça-feira (6),representantes da reitoria e alunos que ocupam o local tiveram mais uma reunião que ainda não chegou a um acordo definitivo. Segundo a reitoria da Uerj,o corpo docente está aguardando o que os discentes vão apresentar para que a universidade diga o que pode ser negociado diante dos pedidos.

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— A ocupação continua,nós estamos disponíveis para negociar com os estudantes. A reitoria continua empreendendo todos os esforços para manter a universidade funcionando. Essa semana,por exemplo,começaram as aulas. Tudo o que precisamos é que eles entendam os esforços que temos feito para conseguir manter os salários em dia e os cotistas com bolsas — destaca a reitora Gulnar Azevedo.

Segundo Gulnar,algumas das exigências que estão sendo feitas pelos estudantes já estavam em andamento antes mesmo da ocupação.

— Já estávamos buscando a expansão do restaurante universitário do campus do Maracanã,na Zona Norte,por exemplo. Além disso,também as obras da faculdade de expansão de professores,em São Gonçalo,e a busca por políticas de apoio à saúde mental. Isso já está sendo trabalho e em andamento. Só que nós só temos sete meses de gestão,isso significa que tem muita coisa para reconstruir e existe uma dificuldade que é o limite financeiro — explica a reitora.

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No mês de agosto,tiveram duas reuniões,nos dias 2 e 6,entre a comissão designada pela Reitoria para representar a Uerj nas negociações com os responsáveis pela ocupação. Depois da última reunião,os estudantes ficaram de retornar com uma resposta em relação às proposições da comissão. Ainda não há nada definido.

Os estudantes ocuparam a reitoria do campus Maracanã em protesto contra atos administrativo de cortes financeiros. Em nota,a Uerj afirma que “o novo regramento não atinge os mais vulneráveis — cotistas e estudantes de ampla concorrência que são elegíveis aos programas sociais pelo Cadastro Único”. A universidade informa que,com a crise no caixa do governo do estado e o Regime de Recuperação Fiscal,tem tido dificuldade de obter os recursos necessários para seu funcionamento. A Uerj também destaca que as bolsas de apoio a alunos vulneráveis foram criadas de maneira emergencial no período da pandemia.

Entenda o caso

Os cortes ocorreram por mudanças no critério para que alunos de ampla concorrência em vulnerabilidade social consigam a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs),além da restrição do pagamento do auxílio-alimentação para alunos de cursos que fiquem em campi que não tenham restaurante universitário e mudanças no auxílio para material didático,antes pago a cada seis meses,para um pagamento anual de R$ 600.

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As Bavs foram distribuídas entre 2.589 estudantes que,apesar de serem de baixa renda,não entraram no regime de cotas. Essas bolsas foram regulamentadas por uma gestão anterior da Uerj,durante a pandemia da Covid-19,em 2022. A universidade precisou fazer ajustes no orçamento por conta das restrições financeiras do estado,em regime de recuperação fiscal,e por isso reduziu as verbas de custeio da instituição.

A reitora explicou que a universidade está fazendo uma triagem nesta relação,em um trabalho que termina na terça-feira. Já se sabe que a bolsa de R$ 706 mensais será mantida para cerca de 1,2 mil alunos de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. Esse também é o critério para a inscrição no CadÚnico,para que famílias carentes tenham acesso a programas sociais.

— E,além disso,não haverá cortes nas bolsas dos demais alunos cotistas (8.888),previstas em lei — disse a reitora.

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