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Celular recolhido e advertências: como funciona, na prática, a proibição nas escolas do Rio, tema em debate no Congresso

11-05 HaiPress

Aluno da escola municipal do Rio com celular,antes de proibição — Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 04/11/2024 - 20:57

Proibição de celulares gera desafios e debate no Rio de Janeiro

Uso de celulares proibido nas escolas do Rio de Janeiro gera perplexidade e desafios na implementação da medida. Recolhimento dos aparelhos,advertências e aumento no desempenho acadêmico são destaque. Projeto de lei para restrição nacional em discussão.

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Desde março,o uso de celulares é proibido nas escolas da rede municipal do Rio de Janeiro — até mesmo durante os intervalos. O decreto,assinado pelo prefeito Eduardo Paes,orienta que os celulares sejam guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno,desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração,mas,para fazer valer a regra,algumas escolas decidiram recolher os aparelhos eletrônicos dos estudantes em cestas e só devolver no final do dia.

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O banimento dos aparelhos eletrônicos nas escolas pode se tornar uma política nacional. No último dia 30,a Comissão de Educação da Câmara aprovou um projeto de lei que trata sobre a restrição do uso de aparelhos eletrônicos portáteis durante a aula,durante o recreio ou intervalos entre as aulas para "todas as etapas da educação básica". A proposta é defendida,também,pelo Ministério da Educação.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação do Rio,em um semestre,62% das escolas aderiram à proibição,e 38% ainda enfrentam dificuldades para implementá-la. Os anos finais do ensino fundamental são os mais desafiadores,afirma o secretário Renan Ferreirinha.

— Esse processo de adaptação,enfrentado por 38% das escolas,requer muito diálogo com os adolescentes — comenta. — Tem escola que coloca numa cestinha e recolhe,mas entendemos que isso é dinâmica da escola. O importante nesse processo é a mudança cultural.

O uso dos aparelhos na escola só é permitido sob autorização do professor,para,por exemplo,fins pedagógicos,como pesquisas e leituras. A insistência do descumprimento da regra pode render ao aluno chamadas de atenção e advertências.

— Uma resolução feita por nós diz que,se o aluno insistir na situação,o professor deve advertir o aluno,chamar a atenção dele,ou enviar o aluno para a direção se persistir. E se a direção acreditar que é necessário,pode chamar os responsáveis — diz Ferreirinha.

Segundo dados da secretaria,as chances de estudantes do 9º ano alcançarem um nível adequado em matemática aumentaram em 53% nas escolas que aderiram à proibição. Os casos de cyberbullying também diminuíram.

— Hoje nós temos um apoio das famílias muito forte (na proibição). No início,os pais ficavam um pouco receosos de não poder trocar mensagem com os filhos,mas depois eles entenderam — afirma o secretário.

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