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Solução do caso Master passará por uso dos recursos do FGC, dizem fontes

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Banco Master: soluçaão para passivos do banco passará por uso de recursos do FGC — Foto: Divulgação

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GERADO EM: 17/04/2025 - 18:35

Banco Master recorre ao FGC para lidar com passivos após venda ao BRB

O Banco Master busca auxílio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para lidar com passivos não incluídos na compra pelo BRB. O FGC pode disponibilizar até R$ 20 bilhões,criando um fundo para gerenciar ativos e passivos excluídos. O BTG Pactual,interessado em parte dos ativos,pode evitar impactos financeiros com a ajuda do FGC. A situação financeira do Master levanta preocupações sobre sua capacidade de honrar compromissos de curto prazo.

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O banco Master já se prepara para buscar ajuda no Fundo Garantidor de Crédito (FGC),considerando o cenário de que o BRB deixe de lado alguns de seus ativos,como precatórios,direitos creditórios e ações de empresas em dificuldades financeiras. O BRB estima em,até agora,pelo menos R$ 33 bilhões o total de ativos do Master (que chegavam a R$ 63 bilhões em dezembro de 2024). O jornal Valor Econômico divulgou que o Master já enviou uma carta ao FGC pedindo auxílio financeiro.

Master: Rioprevidência aplicou quase R$ 1 bilhão em letras financeiras do banco

No mercado,entretanto,é dada como certa a participação do Fundo Garantidor de Crédito (FGC),entidade privada mantida pelos bancos para garantir a estabilidade do sistema financeiro,no desfecho das negociações do Master.

Segundo o Valor,na operação com o FGC seria criado um fundo para ficar com a parte dos ativos e passivos do Master que o BRB deixar de fora do negócio. O FGC emprestaria recursos a esse fundo para fazer frente aos passivos do Master. Nesse caso,o banco de Daniel Vorcaro conseguiria pagar gradualmente os CDBs. Nesse caso,não haveria liquidação do banco,evitando a intervenção do Banco Central e a criação de algum stress no sistema financeiro,diz o Valor.

A carteira do Master está sendo analisada por grandes bancos,incluindo o BTG,que tem interesse em papéis menos ilíquidos e de precificação mais difícil,como precatórios e direitos creditórios. Se de fato o banco de André Esteves ficar com essa parte do Master,os recursos do FGC seriam usados pelo BTG para 'administrar e gerir' esses passivos. Isso evitaria contaminação do balanço do BTG. O banco de André Esteves já utilizou recursos do FGC quando comprou o banco Pan,da Caixa.

Mas a estrutura de como seriam usados os recursos do FGC ainda é duvidosa. Paulo Bittencourt,estrategista-chefe da MZM Wealth,family office especializado em planejamento financeiro e gestão patrimonial,observa que ainda há pontos a serem esclarecidos.

Ele estima que o FGC poderia liberar até R$ 20 bilhões para a operação com o Master,mas talvez seja criado algum desconto para pagamento dos CDBs,que oferecem 140% do CDI.

— O dinheiro para pagar estes CDBs tem que vir de algum lugar onde você tem uma margem muito maior que essa. Então o BRB vai diminuir sua margem de ganho com empréstimos pagando por um custo do dinheiro que não captou? Outro ponto são as Letras Financeiras (títulos de crédito privados não cobertos pelo FGC). Quem vai ficar com elas com o compromisso de pagar? Eu acho que o FGC vai acabar limitando um certo valor para emprestar,algo como R$ 20 bilhões no máximo. Talvez criem uma regra do tipo: receba 50% do que aplicou agora ou espere o vencimento. Outra questão é qual a situação do caixa do banco Master hoje? No mercado secundário,mais de R$ 10 bilhões de CDBs já foram negociados com deságio — observa.

Uma fonte próxima ao FGC observa que a instituição sempre busca a saída mais "barata" para seu caixa. Nesse caso,uma linha de financiamento para ajudar o Master e o bancos (ou bancos) que ficarem com parte de sua carteira é uma saída mais barata do que pagar diretamente os CDBs do banco. O FGC,desde 2008,pode ser acionado pelo Banco Central em questões do sistema financeiro,mesmo se não houver a quebra do banco.

O Master está solvente neste momento,mas a desconfiança do mercado é que há um descasamento entre o fluxo do que o banco tem a receber e os compromissos que deve honrar. No curto prazo,o Master precisa honrar Certificados de Depósitos Bancários (CDBs),que somam R$ 7,6 bilhões. Mas os recebimentos do banco,no ano,somam apenas R$ 8 bilhões.

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