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Portinari, Niemeyer, Burle Marx: veja preciosidades do Palácio Gustavo Capanema, que reabre após dez anos fechado; veja fotos

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Palácio Capanema será reaberto em 20 de maio após dez anos fechado — Foto: Márcia Foletto

RESUMO

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GERADO EM: 07/05/2025 - 03:00

Palácio Gustavo Capanema reabre após reforma de R$ 84 milhões

Após dez anos fechado,o Palácio Gustavo Capanema,ícone da arquitetura modernista no Rio,reabrirá em 20 de fevereiro. A reforma,custando R$ 84,3 milhões,preservou características originais enquanto modernizava o prédio. Destinado a 60% de atividades culturais,abrigará acervo de Portinari e jardim de Burle Marx. A ministra da Cultura,Margareth Menezes,destacou a importância cultural da reabertura.

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Os móveis delgados,elegantes,os grandes espaços livres,as colunas e as janelas generosas proporcionam uma espécie de viagem no tempo. Quem entra no Palácio Gustavo Capanema é imediatamente transportado a algum ponto entre os anos 1940 e 1950. A atmosfera está toda ali. Sem muito esforço,é possível imaginar o vaivém de funcionários no dia a dia das repartições do antigo Ministério da Educação e da Saúde Pública,propósito original de sua construção. A partir do dia 20,esses ambientes estarão mais acessíveis que nunca. Após longa e completa reforma,esta joia da arquitetura moderna brasileira,cravada no centro do Rio,será finalmente reaberta.

Palácio Gustavo Capanema,no Centro do Rio,será entregue reformado no próximo dia 20; veja fotosRenovação: Veja como são as novas viaturas da PM do Rio,com pintura inspirada em padrão internacional

Palácio Gustavo Capanema será reaberto em 20 de maio após 10 anos fechado

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Mural Ciclos Econômicos,de Portinari,no Palácio Gustavo Capanema — Foto: Márcia Foletto

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Mulher Sentada,escultura de Adriana Janacopolus nos jardins projetados por Burle Marx — Foto: Márcia Foletto

Joia do modernismo brasileiro terá mais espaços disponíveis para visitação e atividades culturais

Foram seis longos anos de obras,desde fevereiro de 2019,a um custo de R$ 84,3 milhões via o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O prédio,no entanto,está há bem mais tempo longe do dia a dia dos cariocas: são dez anos desde que foi fechado. Restaurado e ao mesmo tempo modernizado,sem perder suas características originais — o bem é tombado pelo Iphan desde 1948 —,ele será devolvido à cidade com a promessa de ser mais aberto à visitação pública. O planejado é que 60% do espaço passe a abrigar atividades culturais franqueadas à população,enquanto 40% serão destinados a atividades administrativas do Ministério da Cultura e de órgãos relacionados como o Iphan,a Funarte,o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Fundação Casa Rui Barbosa,entre outros.

— O prédio está pronto e terá uma finalidade cultural muito importante. Ele é majoritariamente de ocupação cultural e estará à disposição da população do Rio,um grande ponto turístico,um grande ponto de encontro da cidade. A ideia é que seja um prédio popular,que representa a cultura e traz essa memória modernista — diz Leandro Grass,presidente do Iphan.

"Mulher reclinada",obra de Celso Antônio,no mezanino do Capanema — Foto: Márcia Foletto

Restaurante na cobertura

As obras incluíram,entre outras intervenções estruturais,a recuperação de todo o mobiliário original,a reforma das instalações elétrica e hidráulica e a modernização do sistema de combate a incêndio e da estrutura de telecomunicações e internet. Uma ausência foi notada: os emblemáticos brise-soleils,marca registrada do prédio,ainda não estão no lugar. As antigas placas,feitas de amianto,serão substituídas por novas,de fibra de vidro e projetadas para garantir o mesmo aspecto visual. A previsão é que sejam reinstaladas no segundo semestre.

Após a reabertura do prédio,o próximo passo será a restauração do grande acervo artístico pertencente ao Capanema,incluindo os painéis “Jogos Infantis e Ciclos Econômicos”,de Candido Portinari,no segundo andar do prédio,onde ficam o gabinete ministerial e a sala em que trabalhou Carlos Drummond de Andrade. O poeta foi chefe de gabinete do então ministro Gustavo Capanema no período do Estado Novo. Esse pavimento é um dos que passarão a ser abertos à visitação,assim como o jardim contíguo,projetado por Roberto Burle Marx.

As novidades incluem ainda um espaço multiúso no nono andar e a abertura de um restaurante e de um café na cobertura,com direito à vista de tirar o fôlego do Centro,do Aeroporto Santos Dumont e até do Pão de Açúcar ao longe. O quarto andar receberá de volta a Biblioteca Euclides da Cunha e a Divisão de Música e Arquivo Sonoro da Fundação Biblioteca Nacional,com cerca de cem mil itens disponíveis para consulta.

Presença da ministra

Ontem,a ministra da Cultura,esteve à frente de uma comitiva durante visita guiada ao prédio para apresentar o resultado das obras à imprensa e mostrar o espaço renovado pela primeira vez.

— É emocionante demais a gente retomar este patrimônio brasileiro que revolucionou a arquitetura no Brasil e no mundo também,colocando o país na vanguarda. É uma vitória muito importante fazer essa entrega nos 40 anos do Ministério da Cultura — comemorou.

A ministra da Cultura Margareth Menezes e comitiva em visita ao Capanema. Ao fundo o painel Jogos Infantis de Cândido Portinari — Foto: Márcia Foletto

Responsável pela empreiteira encarregada da obra,Ubirajara Mello falou sobre as dificuldades da reforma.

— O desafio maior é o próprio prédio em si,icônico,desenhado nos mínimos detalhes por pessoas como Lucio Costa,Oscar Niemeyer... todo tombado,com 80 anos. Como arquiteto,foi uma tarefa e tanto. É mexer no “imexível” — explicou Mello,superintendente comercial da Concrejato.

Durante a visita da ministra ao prédio,servidores do Ministério da Cultura e suas autarquias,em greve desde abril,fizeram uma discreta manifestação. Eles pedem a abertura de diálogo para o desenvolvimento de um plano de carreira e a recomposição do quadro funcional.

— Estamos passando por um processo de reconstrução de toda a arquitetura interna do Ministério da Cultura,que foi desconstruída. Tenho a esperança de que a gente consiga o plano de carreira ainda este ano — afirmou a ministra.

Móveis originais restaurados promovem uma "viagem no tempo" — Foto: Márcia Foletto

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